sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Sem Estilo



Escrevo poemas sem estilo

Penso muito

Amo intensamente

Choro copiosamente

Sou casa e rua

Sou casta e nua

Louca e sã

Tudo ao meu modo

Vivo a vida sem estilo

Mas bem educada

Não ultrapasso a linha imaginária

Que divide o bem do mal

Sou vasta e muitas

Humana e mulher

Tímida e ousada

Com e sem estilo.
Evelyne Furtado

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

NOVAS SENSAÇÕES



Fecha as cortinas

Não quer ver a dor

Não, agora

Quer dormir e sonhar:

Com finais felizes.

Beijos, ternura, paixão.

Deixar que o sonho chegue ao coração.

E quando abrir as pestanas

Abrirá também um sorriso

E acordará pronta

Para novas sensações.


Evelyne Furtado
Publicado no Recanto

sábado, 24 de novembro de 2007

Poetisas.


Somos vozes
Nem sempre uníssonas
Nem sempre coerentes.



Somos assumidamente carentes.
E generosamente ardentes.

Solidárias, sim.
E corajosas
Ao abrirmos nossos corações.

Garra, lágrimas e risos.
Desejos, ciúmes amores.
Às vezes sem uma gota de siso.


Somos mulheres poetisas
Amamos em versos
Como amamos na vida
Evelyne Furtado.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Peço-te


Adoça minha língua
Que te adoçarei toda a vida.

domingo, 18 de novembro de 2007

ALMAS ENLAÇADAS


Estarei

Junto a você

Amando escondido

Tocando seus lábios

Em um beijo atrevido.

E depois,

Nossas almas enlaçadas

Chegarão ao ápice

Em vôo incontido.

sábado, 17 de novembro de 2007

MEME


Recebi mais uma vez o mesmo meme. Dessa vez veio do Forte e ainda que eu não consiga passar para outras pessoas vou registrar aqui o que pede a corrente. Certo, meu Capitão?


Peguei o livro mais próximo : Equador do autor português Miguel Souza Tavares (é o que estou lendo e gostando)

Abri na página 161

E cito a quinta frase completa desta página:

" Na sua primeira visita, havia um mínimo de cerimônia a fazer."

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Como uma Onda.

Encontro-me só. Recentemente recebo a melancolia ao entardecer. Ela vem e se instala. Faz o que a melancolia costuma fazer. Sinto-me só. Sinto falta de alguém. Tenho vontade de chorar. E choro. Lembro seu olhar que muitas vezes não consegui decifrar, mas me bastava nele mergulhar, para me sentir viva. Ouço o canto dos pássaros, alheios a esse desconfortável estado de espírito no qual me encontro. Um bonito coral. Oferecerei um café a visitante. Eu adoro café, quem sabe ela também gosta. Mas e se ela passar a me visitar com mais freqüência só pelo cafezinho? Pensarei no assunto. Lembrei de uma música de Lulu Santos, ou melhor "da música", pois todo mundo conhece Como Uma Onda ( Zen Surfismo):

”.Tudo muda o tempo todo.
No mundo.
Não adianta fugir.
Nem mentir pra si mesmo agora,
Há tanta vida lá fora.
Aqui dentro sempre.
Como uma onda no mar"

É mais ou menos assim que me sinto. Há muita gente lá fora. Alguns eu convidaria a entrar. Há muita gente aqui dentro também que, talvez me fizessem melhor se saíssem de vez. Porém, eu me apego às pessoas boas que gostam de mim.
Por enquanto, estamos eu, a melancolia e um coração cheio de amor e saudade. É assim a vida a Lulu Santos: " Nada do que foi será do jeito que já foi um dia. Tudo passa. Tudo sempre passará". De repente ela, a Sra. Melancolia, vai embora e a alegria volta a me acompanhar. É o que espero para já.

Evelyne Furtado, em 15 de novembro de 2007.

domingo, 11 de novembro de 2007

A Preguiça e o Amor.



O meu pecado de hoje:

A preguiça.

Um dia na cama.

Durmo e sonho.

Leio um novo livro: "Equador" ,

que me parece muito bom.

Um escritor português,

me deixa alerta,por alguns minutos.

Novos sonhos.

Abro os olhos lentamente.

Ainda me apego à preguiça.

Mas já sinto que se vai.

Pois já desperta em mim.

A boa e velha vontade de amar.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Como Uma Pluma.



A noite reina em minha alma

Que hoje sai de mim

Como uma pluma a voar por aí.

Deixo-a ir

Suavemente livre.

Não sabe até onde vai.

Apenas flutua feliz.

domingo, 4 de novembro de 2007

CHAMA.

Abaixo da pele
A chama, ainda viva
Inflama a pélvis
E dispara o coração
A um só olhar.
É a vida, pulsando
Em carinho e tesão.

sábado, 3 de novembro de 2007

A Caminho do Mar.


Desaguei
A caminho do mar.
Todo pranto contido
Rompeu-se a caminho do mar.
Testemunha de vida
E de amor
O mar também acolhe
Toda dor.
Enquanto vejo as espumas lambendo a areia
E o cinza escuro da noite sem lua
Nas cores das águas do mar
O belo me arranca lágrimas
Mas também devolve a vontade de viver
E de amar.


Evelyne Furtado

quinta-feira, 1 de novembro de 2007



NO MEIO DA TARDE
ABRO AS JANELAS
E VEJO VOCÊ
DEBRUÇADO SOBRE ELAS.