quarta-feira, 25 de abril de 2012

Existencialismo.

Foi preciso olhar e não ver.
Tocar e não sentir.
Perder-se, enfim.
Perceber o fim.
O desespero e a chave para o ser .

Na mão ainda uma flor,
No peito alguma dor,
Na alma um resto de esperança.
No sonho, riso de criança.
No horizonte uma vida para (bem) viver.

domingo, 22 de abril de 2012

Atualização.

 Passou uma manhã, uma tarde, uma noite.
 Passou um mês, dois, três.
 Passou alguém na calçada.
 Passou uma vida na estrada.
 Passou uma mão pela face.
 Passou uma safra de dúvidas
 Para outra semear.

 Passou dor.
 Não passou o calor.

Passou pelos dias cansada.
Passou páginas e páginas.
Passou sombra nas pálpebras.
Passou blush na agonia.
Passou de menina a mulher.
Passou, também, com alegria.

Passou aos tropeços.
Passou.

Passou os olhos no mar.
Passou dias a sonhar.
Passou madrugadas a esperar.
Passou a mão pelos pés.
Passou aflição, deslumbramento, desilusão.
Passou na igreja.
Passou com fé.

Passou ( menos que ouviu) sermão.
Passou o desespero.
Passou um navio de ilusão.
Passou o verão.
Passou o que  tinha que passar.
Passou a menos esperar.
Passou à nova forma de pensar.

Passou o vento nas costas.
Passou um barquinho. 
Passou tão rapido.
Passou, às vezes, devagarinho.
Passou com carinho.