segunda-feira, 21 de março de 2011

De céu e de chão.


Eu não sabia o que significava e, para ser franca, ainda não estou bem certa que sei. Mas me informei que a tal pós-modernidade começou com o fim da Guerra Fria e me pegou no caminho.
Sem perceber dei de cara com o mundo sem Deus, pois Ele foi morto na Era Moderna por alguns senhores plenos de saber e de si.
Mataram e alardearam o homicídio, certos de que salvavam a humanidade, mas não salvaram a mim.
Soa individualista? A mim, também, porém sou uma fiel representante de bilhões de seres humanos que andam sem norte pela pós-modernidade lutando pela salvação.
Alguns acreditam em metas e fazem seu destino assim: Casa, carros, o primeiro milhão, coisas do gênero. Outros ainda acreditam piamente no materialismo-histórico e sonham com esse fim. Meus sonhos tinham um abraço ao final e ao que saiba abraços não rendem muito mais não.
Agora tudo é possível nesse mundo de meu Deus e eu fico tonta em meio às infinitas novidades. Mundo doido esse onde valores se desfazem em rapidez surpreendente. Doida estou eu querendo segurar o relógio; logo eu que seguia na frente dos ponteiros até uns dias atrás.
Às vezes dou conta que tiraram meu chão e o quero outra vez sob meus pés. È querer muito? Não acho. Nem o amor, coisa quase tão sagrada quanto Deus, escapa desse desmanche. Dizem que acabou, dizem que é ilusão, dizem que a fila anda, dizem que é pura invenção.
Talvez seja melhor parar à sombra do que vivi e só sair quando a pós-modernidade passar. Talvez eu reencontre meus bocados de céu e de chão.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Quem te vê?


Que olhares formaram a imagem que você tem de si e da vida? Não se prenda aos últimos contatos visuais, pois o olhar atual foi originado lá atrás, no primeiro, no segundo e no terceiro olhar.
Quem lhe vê hoje reflete outros olhares. Ouso dizer que a forma como nos vemos e como vemos o mundo é ainda mais remota. Uma geração transmite valores e sentimentos à próxima em uma sequência infinita, mas não cristalizada, pois olhares são misturados, acrescidos e refeitos no caminho.
Nunca fomos tão observados quanto hoje. A cada minuto somos julgados, comparados e cobrados por todos os lados. Eu cansei do olhar pessimista e impiedoso alimentado por interesses variados. Motivados por boas ou más intenções, eu o dispenso. Quero o olhar generoso que acaricia e valoriza. É com ele que inauguro essa corrente e olho, agora, para você.

domingo, 13 de março de 2011

Zênite.

Sem rio, nem mar, nem norte
- A bons sonhos -
Do rio, do mar... da sorte!