quinta-feira, 20 de março de 2008

ESFINGE.


Translúcida, assim a mulher se mostra
Todos parecem saber o que ela sente.
Até ela, a mulher.

Enganam-se todos.
Ninguém conhece totalmente uma mulher
Nem ela, a mulher.

Pois a mulher que dorme hoje
Não é a mesma que acorda amanhã.
O sol desperta uma mulher todos os dias
Diferente daquela que ele deixou ao partir.

Esfinge que não se decifra:

A mulher se transforma
A cada amor vivido
A cada coração partido
A cada perdão concedido.

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