domingo, 16 de dezembro de 2007

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS



A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS
Autor: Markus Zusak


O livro em foco estava na lista dos mais vendidos há algum tempo e sempre que eu ía a livraria dava uma olhada em sua bela capa. O autor de nome estranho, Marcus Zusak e a orelha do livro me faziam devolvê-lo a estante. Até aí só o título me atraía. Folheando-o percebi que se tratava de uma menina na Alemanha durante a Segunda Grande Guerra e sua história era narrada por ninguém menos que a morte. Pronto. Comprei uns cinco livros antes de comprar A Menina que Roubava Livros. E a partir daí, não larguei Liesel Memiger, sua família e seus amigos até terminar a leitura.
O autor, um australiano,filho de alemães, inova, seduz e emociona o leitor. Amei Liesel desde o começo da leitura e fui me apaixonando pelos demais personagens à medida que me adiantava na leitura. Até então havia lido pouco sobre alemães "normais” - não nazistas- e o livro me deu essa oportunidade.
O amor de Liesel pelos livros é uma atração à parte. Os livros davam significado à sua vida. Os personagens são muito interessantes, mas o que mais me impressionou foi à imaginação do autor, criando A Morte para contar sua história. E a narradora é dona de uma ternura inimaginável. Essa Morte que encontrou a menina três vezes não tem nada de má. Ao contrário é uma espécie de redentora e há trechos lindos no romance. Quando ela recolhe os corpos feridos com um cuidado quase carinhoso.
O livro é rico em lirismo, apesar da crueza da guerra e trata com suavidade e suprema beleza os momentos tristes narrados.
A Menina que Roubava Livros passou 43 semanas na lista dos livros mais vendidos do New York Times e seu autor tem apenas 31 anos.

Recomendo, encantada.

Evelyne Furtado

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