sábado, 18 de agosto de 2007

A Espera do Sol




A vida de Amanda está em pausa. Algo acontece longe dela. Algo que ela não pode interferir, mas que pode feri-la e muito. Ela lembra dos melhores momentos vividos com seu amor e que a levou a sonhar com uma vida feliz ao lado dele. Amanda espera. A vida lhes deu um susto.Talvez seja a hora de decisão. Uma decisão na qual ela não tomará parte, mas que a influenciará profundamente. Imóbilizada, nada poderá fazer a não ser tocar sua vidinha. A distancia deixa-a em desvantagem; a ética também. Ela não tem meios de persuasão. A única coisa que Amanda pode fazer é oferecer o seu amor. Também pode lembrá-lo da vida que podem ter juntos e dos sonhos que ele a ensinou a sonhar. Amanda que já escondeu seu romantismo atrás do ceticismo, hoje o expõe, pois ele a convenceu a liberar esse lado que a defendia da dor. Hoje Amanda ama e sonha. Sonha com uma felicidade a dois. Com um projeto a ser compartilhado. Com a possibilidade de ser feliz de verdade. Mas Amanda também sente medo. Sente-se frágil e sabe que há muito em jogo. Ela quer acreditar que o sonho possa se realizar. Amanda olha pela janela e não vê a lua, sua companheira. Está só e noite escura costuma lhe trazer medo. Mas espera que o sol venha lhe trazer um alento, da mesma forma que a acalmava quando ela era criança e o escuro a assustava. A ansiedade alcança Amanda em uma noite de lua nova com uma chuvinha fina , cujo barulho chega aos seus ouvidos. A vida de Amanda está em pausa. É hora de esperar. Amanda tem consciência que pode fazer mais; pode aprender a lidar com essa ansiedade que a leva a desespero inócuos. Ainda assim, espera o Sol para lhe acompanhar.
L. M.

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