quarta-feira, 4 de julho de 2007

Final Feliz.




Hoje li um texto especial. Uma bela página de uma história de amor. Um corte na vida de dois personagens que se amam, num momento de desentendimento.Estavam à beira do caos e o último ato já havia sido ensaiado e sofrido por antecipação.

O autor se esmerou em detalhes. Os conflitos foram descritos com precisão. As emoções também, se é que se pode precisar emoções.O fato é que meus sentimentos afloraram ao passar os olhos pelas palavras. Ah, doeu sim ver um grande amor prestes a cair no precipício.

Ele razão. Ela emoção. Eu torcendo por um final feliz."Dê uma chance, a ela". Eu pedia como se o escritor pudesse reverter sua história para me atender.

A narrativa continuava com o protagonista insistindo em preservar o passado vivido, o respeito, a dignidade.Ela concordava com ele nesses aspectos, mas era mais emotiva.
A tensão, a dor e o medo saltavam do texto. Os diálogos denotavam ansiedade e eu em suspense, mergulhada naquelas linhas.

Chorei a dor da protagonista, como se doesse aqui em mim. Assumi os argumentos dela, como se meus fossem. Desconfiei do amor dele e me revoltei.

Em outro parágrafo, percebi uma nesga de luz. Vi que o autor parecia se inclinar pelo entendimento e ganhei ânimo.De novo intervi: “deixe-a mostrar que o ama".

O autor pareceu me ouvir. E mudou o tom. Logo em seguida a mocinha pergunta se ele ainda a ama. Diz que insistirá se ele a amar, mas que o deixará ir se ele não mais sentir amor por ela.

Ele parece relutar em responder. Eu, leitora, prendo a respiração, tal qual a personagem lá no conto. Ele tenta desconversar. Ela o manda seguir. Ele, tenta se manter firme, diz que não importa o que sente, diante do impasse que estão vivendo. Não pretende prolongar aquela agonia.

Ela o olha e pergunta se deve jogar a toalha. Diz que vai deixá-lo ir. Ele sugere conversarem mais. Procuram um lugar mais calmo. Seguem ainda tensos no caminho.
Ao chegarem. Ela salta do carro e ele a segue. Dão alguns passos e ela sente o corpo do homem amado bem junto ao seu, mesmo que não o esteja vendo, pois ele está atrás dela. O calor daquele corpo aquece o seu. Seu coração dispara.

De repente, ela sente a boca do seu homem em sua nuca. Ele a abraça por trás. Ficam assim, imóveis, por um tempo indefinido. Ela se volta para ele. Olham-se e o amor é sentindo sem disfarces. Beijam-se apaixonadamente. Pronunciam juntos a mesma frase: eu te amo. Beijam-se novamente. Rendem-se a um sentimento mais forte que os dois e juram lutar por esse amor.

Eu terminei a leitura com um sorriso nos lábios. Aquele conto me fez um bem enorme.Adoro finais felizes.Fechei o livro. Adormeci e sonhei com um amor igual àquele criado pelo contista.

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