segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Vela e poesia.


Um halo cinza cobre a cidade.
Por onde anda o sol que antes a cobria?
Indaga a mulher encharcada
Sem se dar conta que chovia.
E como chovia naquele dia!
Cabelos em desalinho, pés frios, cabeça vazia.
Desprevenida a mulher seguia. 
Falei em cabeça vazia?
Que erro de percepção!
Tinha ela corpo e alma povoados de sensações.
Mas para ser fiel à verdade, lhes digo:
Ela mirava a poesia
Mas eram tantos os pensamentos
Que não enxergava um palmo
Além do  calor  que a consumia.