segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Amor e paz.


A inquietude parece ter sido amplificada. Milhões de pessoas gritam e paradoxalmente eu não sinto vontade gritar. Sinceramente, nem de escutar. Assusta-me tanto barulho.
Buscar espaço, respeito e consideração por vezes requer alarde. Porém, tenho a impressão que gritam, mas não sabem onde dói.
A dor talvez seja difusa, mas real, e, sem outra alternativa, o berro seja a solução mais fácil.
Acontece que não estou nessa sintonia, embora tenha meus motivos, não quero vociferar agora. Meu instante é de recolhimento.
Eu desejo paz e amor. Anseios antigos e pouco lembrados. Remonta a década de sessenta do século passado um movimento com esse lema, que certamente foi um dos mais pacíficos e bonitos. Claro que na mesma época houve movimentos de natureza mais ativa, que a mim sempre pareceram conscientes.
Nessas pessoas que gritam e ateiam fogo em prédios em Londres hoje não estou conseguindo perceber um mínimo de consciência.
Diante das parcas e confusas informações - fato estranho no mundo de redes sociais e mídia globalizada - eu só consigo perceber agressividade.
O mundo segue assustado com o tropeço nas contas do Tio Sam e eu aqui temendo nem sei o que, pois não tenho um centavo sequer aplicado nas bolsas que caem. Bem, intuição não me falta, uma dose de drama também não, assim, posso explicar meu desconforto.
Agora é esperar para saber mais. Continuo sem vontade de gritar, mas desejo além de amor e paz, um pouquinho mais de sensatez e um bocado de esperança.

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