Desceu, Alice, a ribanceira às cegas: Olhos vendados, frio na barriga e escoriações que lhe doeram muito além da pele.
Acordou de súbito de sonho pesado. Revirou na cama e nas idéias de Freud. Salva foi por raízes de afeto. Repousou em leito de versos. Adoçou como pôde o remédio. Confortou-se na luz beirando a janela.
Hoje segue pé ante pé rente à calçada e lembra dia sim, dia não, com saudade, das nuvens que lhe substituíam o chão.
2 comentários:
EVELYNE,
Conto curto e ceteiro, Nunca tinha lido tão bom em poucas linha. Claro. Evidente. No entanto, cheio de simbolos e mistérios.
Abraços
francisco miguel de moura
Visite meus blogs, especialmente:
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Fantástico!!!
Poucas linhas, mas muito pra imaginar e desvendar...
Nayara Gerin
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