segunda-feira, 3 de maio de 2010
Tá valendo?
Bem Me Quer.
Tenho para mim que escapar de vez em quando faz bem, afinal quem aguenta viver a cru?
Muitos pregam o contrário, mas duvido que mesmo esses não tenham seus momentos de pura fuga da realidade quando levam muito a sério o quotidiano.
Há muitos refúgios. Uns mais nobres que outros. Outros menos destrutivos que uns.
Desconfio que a vida sem fantasia seja mesmo contra-indicada.
Tenho quase certeza de que precisamos de um filtro para nos manter sãos.
Assim vale dominó na calçada, jogos no celular, um biribinha.
Sei lá.
Um bom romance, um belo poema, uma nova teoria.
Que tal?
Vale uma nova paixão. Vale a meia luz. Vale a criação.
Vale desfiar um rosário, acalmando o coração.
(Ou bem me quer, mal me quer, como distração).
Vale dois ou três chopes e a alegria compartilhada.
Vale um ideal, um cinema e até o sonho de consumo.
Vale a música preferida, para ouvir ou para cantar.
Vale chamar para dançar, tomar um café ou jogar conversa fora.
Só não vale exagerar na dose, jogar areia nos olhos, jogar contra si ou contra o outro, nem trapacear.
Também não vale levar a bola para casa, puxar o tapete do outro, nem se achar o senhor da razão.
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