segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Malembá.


Serei dona de uma balsa lá em Malembá. Comprarei apenas uma, pois não se trata de investimento, mas de sonho com vista deslumbrante que sou incapaz de descrever.
Só digo que de tão bonita me afetou ao ponto de querer para lá me mudar. Digo um pouquinho mais: em Malembà tem mar, tem rio, tem falésias, tem dunas e tem céu sem fim.
Malembá é a última praia antes do rio que me leva a Tibau do Sul e à Pipa, porém é mais que isso: Malembá é poesia natural. Claro que eu já conhecia, mas estou redescobrindo lugares dentro e fora de mim.
Malembá me faz rir de chorar ou chorar de rir. Tanto faz. Também não interessa se foi meu estado de espírito que se abriu para Malembà ou se foi Malembá que tocou meu céu.
Importa que me deu vontade de usar sempre vestidos brancos ou verdes e passar meus dias cruzando o rio, levando pessoas de lá para cá.
Não terei uma embarcação grande, pois quero oferecer um bônus precioso a quem àquelas bandas chegar. Enquanto você aguarda a vez do seu carro embarcar, terá todo enlevamento que eu encontrei em Malembá: a espera sem ansiedade e o benefício da contemplação.

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