segunda-feira, 8 de junho de 2009

POR CONTA DE DEUS


Viver é o grande plano e nele sou movida pelo sopro do vento que me leva à praia ou ao olho do furacão.
O que não significa dizer que a vida off road me atraia. Minhas aventuras têm pouco em comum com as de Thelma e Louise.
Os precipícios assustam-me. Já sentei à beira de alguns paralisada após o susto, mas no tempo certo refiz o roteiro.
Parece irresistível a entrega do rumo a um audaz timoneiro. É inebriante ir aqui e ali sem preocupação com o destino.
Mas não é recomendável que se passe o comando da vida para outra pessoa. Por mais tentadora que seja a idéia só vale a pena em algumas situações com confiança e na justa medida para que os princípios individuais sejam conservados.
A tentativa do controle absoluto também é vã. É inevitável o confronto com interesses alheios e a constatação dos próprios limites.
Meu lema é viver e deixar viver munida do mínimo de coordenadas para avançar sem grandes tropeços.
O leme da vida, por mais que o agarremos em alguns instantes, escapa-nos e à deriva não vemos as margens, desconhecemos latitude e longitude, e, sequer sabemos se encontraremos o cais.
São nessas ocasiões, quando nos sentimos totalmente impotentes, que nos damos conta de que a viagem toda é feita por conta de Deus.

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