domingo, 22 de julho de 2012
Luz no meio do túnel
"Não se entregue!"
. "Valorize-se"
"Não se dê tanto!"
"Homem nenhum merece essa dor"
São falas correntes entre mulheres, principalmente a partir do século XX. Devemos muito a essas vozes que nos mostraram que não precisaríamos sofrer juntos a alguém até que a morte nos libertasse.
Enfim livres, saímos aos tropeços no afã de amar mais e mais. Quanto mais amor melhor. Aí confundimos qualidade com quantidade. Um exemplo seria Liz Taylor que casou oito vezes.
Não deu certo com esse? Não faz mal, a fila anda e tal... Você caiu nessa? Muitas caíram e esfolaram joelhos e almas.
Ainda buscamos o equilíbrio entre o destino único e as múltiplas escolhas. Encontrar o amor ainda é a meta da grande maioria das mulheres. A troca do objeto amado nem sempre traz a felicidade almejada, porém é um alento saber possível vivenciar o amor por outro parceiro.
Ficamos, entretanto, com a nostalgia do amor verdadeiro e único. Aquele que não se assoa como o queria Nelson Rodrigues, referindo-se em uma crônica, à viúva de seu irmão Mário Filho que pranteava o marido sem usar sequer um lenço para enxugar a dor.
Conheço mulheres que se se alimentam do culto à memória do amor perdido. Mas também conheço quem tente amar outros em reprises do amor que acabou. Como sofrem!
As primeiras se comprazem na dor. As últimas se martirizam na impossibilidade de repetir o amor vivido, pois embora se assemelhem os homens não são iguais, portanto não amam igualmente.
Não tenho as respostas certas. Não sei definir o amor no presente. Não disponho de um manual, nem gostaria de dispor, posto que tiraria muito da graça que há no aprendizado do amor. Mas tenho pistas e vejo luz no meio do túnel.
Já dá para seguir agradecendo às vozes que nos libertaram. Que sigamos de preferência como profetizou Drummond , pois amar se aprende amando.
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