segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Outro amanhecer.
Se demorei demais para responder é por que a vida não anda tão fácil por aqui. Tudo parece correr ao contrário do que previ. Ou do que sonhei. Bebi sonhos ao anoitecer por muito tempo, certa de que o saudaria em um próximo amanhecer. Mas a noite insiste. Algumas são claras, doces e ternas. Outras sombrias. É quando mais sinto e sentir nem sempre é bom. Contudo, sinceramente, às vezes sinto-me muito bem.
Esperei o momento melhor para escrever. Aguardei as palavras certas; não queria errar e não querer errar é um suplício. Não dou um passo por medo de cair. Não falo nada para não me comprometer. Ou, ao contrário, falo tanto que nada consigo dizer; corro sem governo e sem destino.
Hei de encontrar alguma coerência em tudo isso. É reconfortante pensar que existe um sentido nos passos trôpegos, no alvoroço ou mesmo na calmaria. Todo universo em sincronia.
É vital acreditar em alguma coisa. Eu acredito em muitas: em Deus, em Freud, nos afetos, nos cristais. Alguns dias creio até em astrologia.
Em tempos em que a vida não nos permite realizar tudo aquilo que sonhamos, é preciso respirar fundo, viver o que é possível ser vivido e manter a fé, mesmo que mesclada como a minha.
Bem, era o que eu tinha para hoje, além do desejo insistente de sermos felizes. Fico por aqui, até outro amanhecer.
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4 comentários:
É uma carta e tanto. Inconclusiva mas sem meias verdades, um maduro adeus às ilusões sem que se decrete a perda da esperança. Muito belo, Evelyne.
PS: estou postando por aqui pois o Literário está com problemas novamente. Maravilhoso o seu espaço! Um beijo.
Você é sempre atencioso, Marcelo! Obrigada pela leitura e comentário. Beijo.
Huuuummmm...entendo perfeitamente. Boa sorte!
Oi, Pedro! Um beijo e obrigada, querido.
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