A cortina diáfana impedia a visão total da figura de mulher pacificada.
Era visível sua silhueta; eram percebidos seus movimentos.
O mais ficava por conta da imaginação:
O que ouvia.
O que falava.
O que doía.
Como e do que vivia desconhecia-se.
Impossível saber o que sentia.
A cortina solta ao vento se movia.
As flores na janela remexiam-se.
A mulher no sofá, não mais.
Talvez suspirasse, talvez dormisse, talvez sonhasse.
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