Parece-me impossível a existência sem dúvidas. Existir com um mínimo de consciência de nós e do mundo ao nosso redor já nos faz refletir e na reflexão está implícita a dúvida.
A meu ver o ato de pensar atrai a dúvida. “Ser ou no ser, eis a questão". O Hamlet de Shakespeare resume magistralmente a dúvida como atribuição humana. Nossa tragédia ou nossa maior ventura. Marca de nossa condição de seres com capacidades intelectuais e espirituais.
Sou ou não sou? Quero ou não quero? Posso ou não posso? Devo ou não devo? Vou ou fico?
Todas essas questões trazem em si a dúvida e durante um dia em inúmeras oportunidades nos confrontam com ela. Da mais trivial àquela com significado maior.
Quanto mais vivemos e ampliamos nossos conhecimentos, mais ponderações fazemos. Em alguns momentos as dúvidas se multiplicam e paralisamos.
Talvez seja a hora de nos colocarmos por conta de Deus até as águas baixarem.
Então poderemos respirar fundo e começarmos a decidir aos poucos. Seguir um rumo, nem que seja para lá na frente questionarmos outra vez. Duvidar e crer. Crer e duvidar para outra vez acreditar faz parte da trajetória humana, mesmo quando não damos conta.
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