segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Céu de Dezembro.
Em dezembro meu olhar se volta inteiro ao que foi ontem e ao que será amanhã, janeiro.
Dias quentes nos quais abraço a quem vejo e mesmo a quem não vejo sinto tão perto, tão dentro.
Escorre o sol em minha pele seivando palavras que expressem a vontade de um amor incandescente no qual insisto em crer. Vale a pena renovar o desejo a cada dezembro.
Domando a ansiedade, própria do mês corrente, como se o mundo disparasse para acabar ali na frente, sigo querendo acertar meus passos com a vida antes que outro ano se faça presente.
Adiarei, entretanto, suas exigências. Deixarei para amanhã as compras às quais me entregarei de qualquer jeito. Certamente esquecerei alguém e morrerei de aflição por alguns segundos no Natal.
Reprisarei alguns votos monotonamente. Evitarei o trânsito e a tristeza loucamente. Esquivar-me-ei de outras pessoas em shopping centers. Mas desejarei amar enormemente.
Com todos os transtornos e tropeços; com os calores e as saudades que se acentuam mês adentro, ainda assim, aqueço a esperança ao céu de dezembro.
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