sábado, 16 de outubro de 2010

Alice.



Provocam risos, os tropeços de Alice, que aumenta o irreal e se assombra com fatos, pois caminha em nuvens e abraça pedras arranhando joelhos e alma.
Riem de sua credulidade. Ignoram que para Alice crer é viver. Desconhecem, também, que cresce Alice em cada queda.
Cresce ao reconhecer que se faz cega ao que não quer ver.
Há de frear vasta imaginação; de acurar a percepção.
No azul crescente do céu de outubro, Alice franze o cenho para enxergar a outra margem. Respira profundamente. Vai só e faz da coragem passarela.

Nenhum comentário: