quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sonho de Noites de Verão




Temo a próxima palavra com receio de macular o sonho. Preservarei o estado de alma a todo custo e , portanto, serei breve ao me expressar.
O medo já foi vencido pela vontade quando deixei crescer minhas asas antes cortadas. Voei quase às cegas, mas pouco me importava o que via durante a travessia.
O destino, sim, era importante e me atraía como imã. Lá encontrei pão e vinho. Doce e sal. Foz e cais. Renovei as energias na mesma fonte em que as gastei. Fartei-me no teu olhar. Não dormi; sonhei para não despertar.
Ri das mesmas piadas e adquiri novas para permanecer sorrindo, ainda assim chorei, mas chorei com doçura.
Fui à festa com a melhor companhia. Dançamos os passos ensaiados e improvisamos outros ousadamente sem medo de errar.
Quis trazer sua gravata, mas você trocou por um cravo que guardo em meio às melhores sensações.
Retorno com o corpo cansado, mas com a alma tão leve que a qualquer momento posso sair pela janela a levitar.
Dormirei. Talvez o sono seja, no momento, a única forma de manter o sonho acordado em mim.

2 comentários:

Glayce Santos disse...

...dois pra lá e dois pra cá! Delicía de texto! Invadi e amei o que encontrei! É, nada como pensar e sentir com alma; nada como voar sem medo de cair!

Beijos

Zana disse...

O título do seu texto me fez lembrar a peça de shakespeare. rsrs
Sim, a liberdade...