domingo, 17 de maio de 2009

Aprendendo a Viver.


Os pensamentos não param, enquanto finjo não ver o tempo passar. Há quase um empate entre a velocidade da mente e a do relógio.
Os dias encolhem e os sonhos concorrem por um lugar na noite. Acordo com um sonho interrompido na ponta da língua ou na varanda da alma.
As palavras brigam dentro de mim, enquanto tento mantê-las em harmonia aqui fora. Daí o enjôo. O embrulho no estômago é o desconforto de um espírito inquieto que busca a sabedoria na paz.
É fácil ceder ao impulso. Difícil é enfrentar as consequências do não pensar antes de agir. Mais dificil ainda é aprender a viver.
Não vale se fechar no castelo. Rapunzel, a mocinha de tranças do conto de fadas, não sobreviveria no século XXI. Ninguém mais usa tranças e os príncipes são espécie em extinção.
Claro que notei uma resquício de ingenuidade na última frase. Batalha quase perdida matar o romantismo em mim.
Deixem-me crer que ainda há cabeças coroadas e bons corações, mesmo que eles não sejam meus pares na dança da vida, fico bem por saber que existem e que farão alguém feliz.
Os ponteiros continuam a competir com meus pensamentos. Inspiro, prendo o ar e expiro devagar. Assim aprendi a controlar a ansiedade.
Preciso aprender mais. Não quero parar nunca o aprendizado, mas tenho que vivenciar uma lição por vez. Agora estou tentando liberar palavras.

Um comentário:

Zélia Maria Freire disse...

Ah, te achei! não me lembro de ter lido esta crônica, vou aproveitar pra dizer que esta também não foge ao teu padrão de qualidade. "EXCELLENT" Beijão dona Veca de zélia