E a dor era tanta que molestou corpo e alma. O sol foi apagando-se pela saudade. O amor perdeu a razão e vida perdeu o tesão. A tristeza era tão sólida que poderia ser apunhalada.
E o sonho desmaterializado virou solução. Ela prestou atenção aos sonhos como nunca. Neles viu a cura para tanta solidão. Dormiu dias seguidos, então despertou.
Vestiu um pretinho e saíu disposta a cortar a solidez melancólica. Fez o sinal da cruz e foi. O samba da filha de Elis " de vida e não de morte" ajudou no despertar " tocando o infinito".
Na primeira loja viu um vestido estampado. Provou e já saiu com a alma colorida. Almoçou com o melhor amigo. Aquele que é também irmão. Tomaram cafezinhos e ela fez mais dívidas a saldar em Paris, para quando lá forem juntos. Trato antigo que se Deus quiser será cumprido.
Fechou a tarde com uma mandala vistosa e Nossa Senhora a protegê-la. Usou como arma o amor pela vida e fez em pedaços toda mágoa acumulada sem uma gota de sangue derramado.
" Moço, maltratar não é direito
Essa mágoa no meu peito
Você sabe de onde veio.
.................................
.................................
Agora não vou mais me enganar
Não quero mais sofrer, não dá(...)
Maria Rita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário