sábado, 9 de agosto de 2008

Um Pouco do Meu Pai.




Não me sinto com muita vontade para escrever sobre o Dia dos Pais. Já escrevi em outras ocasiões sobre o meu pai e não disse nada diante da importância dele na minha vida, mas tentarei.
É estranho dizer que a comemoração de amanhã não me comove. Mas a verdade é essa. Se meu pai estivesse conosco seria legal dedicar o dia só para ele. Escolher um livro bom para presenteá-lo, como tantas vezes fiz. Mas meu pai não está mais por aqui. Deus o quis perto dele e o levou há um bom tempo.
Eu não vi papai envelhecer. Na minha memória meu pai ainda é bonito, elegante e jovem. Também não digo que não tenho pai. Eu tenho sim, mas ele mora dentro de mim e só os daqui da casa ou os que me conhecem bem conseguem enxergá-lo através do meu olhar, que, diga-se de passagem, herdei dele, como tantas outras marcas que trago.
Não vou conseguir falar sobre ele. Não serei justa. Não serei fiel ao homem que ele foi de verdade. Aliás, ele ainda é o melhor homem que conheci.
Claro que a maioria dos filhos diz o mesmo dos seus pais e não vou pôr o meu em um concurso. Porém, meu pai resistiu à passagem da minha infância à vida adulta sem perder o título.
O herói da infância foi visto por meus olhos de vinte e poucos anos, sem que perdesse suas grandes qualidades para seus pequenos defeitos. Tenho muito dele em mim, mas nem chego perto de sua bondade; sua magnanimidade.
Meu coração sente falta do seu abraço, de sua aprovação, de seus cuidados. Mas seu amor desmedido pela família ainda mora em mim e em todos que foram afagados por ele, que não gostava de ver os que amava sofrendo.
Portanto não irei sofrer. Não deixarei meu pai preocupado lá em cima, ao contrário deixo beijos para ele e para todos os pais que amam seus filhos como ele nos amou.


Evelyne Furtado, em 09 de agosto de 2008.

2 comentários:

AnadoCastelo disse...

Pela foto, seu pai era um bonito homem. E a Evelyne parece-se com ele.
É um bonito post dedicado a seu pai. Com certeza ele estará lá em cima a olhar por si.
Beijinhos

Evelyne Furtado. disse...

Obrigada,Aninha!
Por mais que eu tente não consigo trasmitir a importância do meu pai em minha vida.
Beijos e um ótimo domingo!