quinta-feira, 3 de julho de 2008

Quem sabe germinem as flores que plantei?




Acordo para a vida com portas se fechando em meu rosto. Enquanto a minha ingenuidade espera a chegada do rapaz da floricultura, a vida envia um telegrama com uma palavra apenas: " não".

O que eu faço com tantos "nãos" vida a fora? Guardá-los, jamais. Aprender com eles, talvez.

Como diz um grande amigo: um não, muitas vezes significa um "sim" da vida que ainda não compreendemos. Prefiro essa versão.

As flores eu mesma posso colher. Já recebi muitas e seus perfumes ainda fazem parte de mim. Meus sentidos já experimentaram intensos sabores e que venham mais. Meus amores já me fizeram chorar, mas também me deram muitas alegrias.

A liberdade que sempre desejei, vem com momentos de profunda solidão. Porém, já fui solitariamente triste sem liberdade.

A sensibilidade tem me acompanhado sempre e sou honesta com meus sentimentos. Assim vou abrindo novas portas e plantando mudinhas por onde passo.

Quem sabe encontro o que procuro em uma dessas portas?
Quem sabe germinem as flores que plantei?



"Drão o amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar plantar nalgum lugar
Ressuscitar no chão nossa semeadura"


Gilberto Gil.

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