sexta-feira, 6 de junho de 2008

Esse Não Foi para Mim.




Esse não foi para mim. Mas eu gostei do que li. Gostei de sua coragem.
E digo que também tenho medo. Muito medo de amar, embora a vontade seja bem maior que o medo. Tenho vivido assim. É disso que me alimento, também. Ela vai adorar lhe escutar. Eu gostaria. Quanto ao seu desejo. É seu e faça o melhor dele. Creio que havia amor e ira no seu desenho. Eles andam juntos, às vezes. A vida é tão ampla, menino, que a cada amanhecer a gente descobre uma nova nuance e vai crescendo com ela. Vale tudo para alcançar o amor, como vale tudo para alcançar a paz. Mas esses dois nem sempre estão juntos.
Será que você vai querer ouvir a menina contar? Não sei. Se não quiser diga. Se ela gosta de você vai lhe respeitar. Quem sabe ela não saia com desconhecidos. Não são todas as meninas que se arriscam. Só as que levam à vida sem muito compromisso ou as que amam à primeira vista o tal desconhecido. Eu deixo a vontade ganhar do medo quando há indícios de amor e lhe garanto apesar da dor, quando dói, vale à pena. E nem sempre dói. Você pode ter nocauteado a "guria", mas nada que uma boa dose de ternura e pedidos de perdão não possam consertar. Eu lhe desejo boa sorte, apesar de você não escrever mais para mim, mas gosto de você e admiro o que sai de sua pena. Peguei para mim uns conselhos que você deu para ela.


Evelyne Furtado
Publicado no Recanto das Letras em 03/06/2008
Código do texto: T1017062

Nenhum comentário: