domingo, 16 de março de 2008

Ela e o Anjo.

Era noite
E a dor era tão dela
Quanto a noite era bela.

Era noite
E no quarto adentrou a solidão
Enquanto ela fazia uma oração

Era noite
E a angústia roubava o ar
Da mulher que só sabia amar.

Era noite
E só dormir a faria acalmar
Pois, só lhe restava sonhar.

Ainda era noite
Quando o vento afagou a face dela
Então ela viu um anjo na janela.

Ainda era noite
E o anjo em sua língua conversou
Ela o ouviu e discordar não ousou.

A madrugada já chegava
E o anjo ainda a consolava

A solidão se fora
A dor também sumira
Ele lhe mostrara belezas
Que ela não mais exergava.

A ternura angelical
Salvara naquela noite
A mulher que sofria
De solidão terminal.

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