sexta-feira, 6 de abril de 2007

Voltando à Menina Má ( fazendo justiça).


Volto a Vargas Llosa e às Travessuras da Menina Má. Agora é pra valer.O romance é desses que a gente vai lendo à força a príncípio: sem vigor, sem grandes sacadas, nem emoção. Daí o primeiro comentário injusto, mas sincero abaixo. Do meio para o fim, o livro me pegou e não consegui largar. Não faço crítica literária, nem precisava dizer, mas faço questão.Sou da turma que lê por prazer simplesmente e me encantei com o amor inesgotável de Ricardito por sua menina má. Sou romântica, bem latina mesmo, portanto, adorei a ternura com a qual o peruano perdoava a sua menina e a si próprio (por amá-la) tantas vezes.Sempre amando a mulher sem caráter, sem se corromper, recebendo-a de volta sem se diminuir, cuidando do seu amor.Não dá para explicar essa relação, mas o narrador me convenceu de que valeu à pena. Se Deus quiser volto a Paris e quando andar pela Ecole Militaire, lembrarei desse par romãntico tão improvável, tanto na vida quanto na literatura.

Evelyne Furtado.

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